Antártica sofre perda histórica de gelo em fevereiro, apontam satélites europeus

O recorde de perda de gelo no ma Ártico aumenta preocupações sobre aquecimento global.

Carol Ávila | 10 de Março de 2023 às 16:00

- Imagem: ad_foto / iStock

Os satélites da agência europeia de monitoramento ambiental Copernicus apontaram que o continente da Antártica teve uma redução de gelo sobre o mar num nível recorde no mês de fevereiro deste ano. Além do baixo nível da extensão mensal, o gelo do mar antártico também atingiu um mínimo histórico na extensão diária, superando o recorde anterior de fevereiro de 2022.

De acordo com as análises, apenas 66% das plataformas de gelo estavam presentes no mar antártico em fevereiro. O último recorde quebrado no mar da Ártico foi no ano de 2017. Agora, a extensão do gelo está 34% abaixo da média para o mês de fevereiro ao longo dos anos.

Leia também: Aquecimento global pode tornar áreas tropicais inabitáveis

Segundo a vice-diretora da Copernicus, Samantha Burgess, os novos dados registrados pelos satélites indicam preocupações para a questão climática.

"Nossos dados mais recentes mostram que o gelo marinho da Antártica atingiu sua menor extensão no registro de dados de satélite de 45 anos. Essas condições de gelo marinho baixo podem ter implicações importantes para a estabilidade das plataformas de gelo da Antártica e, finalmente, para o aumento global do nível do mar. As calotas polares são um indicador sensível da crise climática e é importante monitorar de perto as mudanças que ocorrem lá", explicou Samantha Burgess em comunicado oficial.

Para entender melhor, normalmente, cerca de 90% da energia do sol que atinge o gelo do mar é refletida de volta ao espaço. Porém, quando a luz do sol atinge a água do mar descongelada, quase a mesma quantidade dessa energia é absorvida, contribuindo diretamente para o aquecimento global. Assim, a perda de gelo no mar Ártico pode afetar rigorosamente o planeta como um todo. 

No ano de 2021, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC) afirmou que as previsões eram de que o Oceano Ártico ficaria praticamente sem gelo durante o mês de setembro pelo menos uma vez até a metade do século atual.

Leia também

"Auto da Compadecida 2" é anunciado para 2024; veja informações sobre o novo filme

13 descobertas de medicamentos e aparelhos que salvam vidas

Matemática brasileira conquista prêmio internacional na Itália

Fósseis do maior pinguim que já existiu são desenterrados na Nova Zelândia

283 fósseis de dinossauros são encontrados em construção residencial em Uberaba

Aquecimento global pode tornar áreas tropicais inabitáveis devido ao calor