Fóssil de nova espécie de camarão de 90 milhões de anos é descoberto no Piauí

A descoberta do fóssil é importante para todo o cenário da paleontologia do Nordeste.

Carol Ávila | 5 de Maio de 2023 às 14:22

- Imagem: Divulgação / UFPI

Recentemente, pesquisadores da Universidade Federal do Piauí descobriram um novo gênero e nova espécie de camarão a partir de fóssil encontrado com cerca de 90 milhões de anos. O denominado Somalis piauiensis trata-se do primeiro camarão fóssil encontrado no Piauí.

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O Somalis piauiensis foi encontrado no município de Caldeirão Grande do Piauí, a 435km da capital Teresina. Os responsáveis pela descoberta foram os professores da UFPI Paulo Victor de Oliveira e Olga Alcântara Barros.

O nome da espécie é uma homenagem à professora e paleontóloga Maria Somália Sales Viana, devido a sua renomada contribuição aos estudos de geologia e paleontologia no país. O estudo se baseou em materiais colidos em 2018 e foi apresentado à comunidade na última quarta-feira, dia 3 de maio.

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A descoberta demonstra a diversidade de fósseis na Bacia do Araripe, é o que explica o professor Paulo Victor.

"Há 10 anos, tenho trabalhado na borda oeste desta bacia aqui no Piauí. Durante esse tempo, vários alunos passaram pelo Laboratório de Paleontologia de Picos, que é vinculado ao curso de Ciências Biológicas da Universidade do referido campus. Em uma das viagens de campo à procura de fósseis, com a participação de alguns alunos, encontramos esse material que hoje apresentamos à sociedade e à comunidade acadêmica", explicou Paulo Victor.

O estudo publicado a partir da descoberta do fóssil rendeu publicação no periódico internacional ZOOTAXA. A pesquisa contou com apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e do edital Mulheres na Ciência. A pesquisa entendeu que a espécia não se enquadra em nenhuma da existente literatura da área.

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“O nosso camarão é diferente de todos os camarões já descritos na literatura. Como ele é diferente, ele não se enquadrou em nenhum gênero e nenhuma espécie”, explicou o pesquisador Paulo Victor de Oliveira.

Atualmente, o fóssil se encontra tombado no Laboratório de Paleontologia de Picos, na Universidade Federal do Piauí. 

 

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