Ilha de São Paulo é tomada por cobras e visitas são proibidas

As cobras são uns dos animais que mais causam medo, e com razão! Agora, imagine uma ilha lotada delas...

Esther Ramos | 12 de Junho de 2024 às 15:25

Ilha das cobras é interditada e turismo não é mais permitido! - Kuchinta/ iStock

No litoral do estado de São Paulo existe uma ilha conhecida mundialmente como Snake Island, ou Ilha das Cobras em português, e não, não é porque lá tem uma cobra ou outra, mas sim porque lá habitam tantas cobras que é impossível para qualquer pessoa sequer pisar. Mas, por que essa ilha em específico foi tomada pela espécie? O que acontece lá? Vamos entender tudo!

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Por que a ilha foi tomada por cobras?

Segundo biólogos do Instituto Butantan, que estudam a região desde 1911, a Ilha da Queimada Grande abriga cerca de 15 mil cobras, incluindo duas espécies de jararacas: a Ilhoa (Bothrops insularis), endêmica da ilha, e a Dormideira (Dipsas mikanii).

A ilha possui uma das maiores concentrações de serpentes do mundo, ficando atrás apenas da Ilha de Shedao, na China, que tem cerca de 20 mil cobras. No entanto, a Ilha da Queimada Grande possui a maior densidade populacional de uma única espécie de serpente, devido à quantidade de jararacas-ilhoa presentes.

O farol existe até hoje na Ilha da Queimada Grande — Foto: Ligia Amorim

Como a ilha foi descoberta?

O primeiro registro histórico da Ilha da Queimada Grande data de 1532, durante a expedição colonizadora liderada pelo militar português Martim Afonso de Souza. Segundo o artigo “Instituto Butantan e a jararaca-ilhoa: 100 anos de história, mitos e ciência”, realizado por pesquisadores da USP e do Instituto Butantan, a ilha permaneceu inabitada até o final do século 19, quando a Marinha do Brasil instalou um farol no local, mantido por faroleiros que enfrentavam o risco de ataques das serpentes.

Faroleiros e as famílias que viviam na Ilha — Foto: Acervo Butantan

Para reduzir a população de cobras, a Marinha ateou fogo na mata da ilha várias vezes, originando o nome “Queimada Grande” devido aos incêndios visíveis do continente.

Com a automatização do farol na década de 1920, a ilha ficou desabitada. Atualmente, o desembarque de turistas é proibido e apenas profissionais ambientais têm permissão para frequentar a área, que desde 1985 é uma Unidade de Conservação Federal, segundo a Prefeitura de Itanhaém.

Como as cobras se adaptaram à ilha?

Wikimedia/ Renato Augusto Martins

Diferente das jararacas que vivem no continente, a jararaca-ilhoa se adaptou ao fato de que sua alimentação consistiria em sua grande maioria, de aves. Então as cobras da ilha adaptaram-se para conseguir subir em árvores para caçar os pássaros. 

A adaptação veio através da mudança de cor, que agora é algo entre um marrom e ocre suave. Além disso, seu veneno é mais potente, para garantir que suas presas morrerão instantenamente e não fujam para o mar. 

Fontes: National Geographic Brasil, Revista Oeste e G1.

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