Câncer de mama em animais: veja como proteger seu pet

O câncer de mama não afeta apenas humanos, mas também é uma condição que pode acometer cães e gatos, principalmente fêmeas. Causando muita preocupação nos tutores e deixando os pets com a saúde fragilizada.

Por isso, é fundamental que os tutores entendam mais sobre o câncer de mama em cães, para que possam identificar os sinais e buscar atendimento veterinário o quanto antes. Essa conscientização facilita o diagnóstico e a prevenção precoces, ajudando a evitar a perigosa metástase.

O câncer de mama atinge mais cachorros do que mulheres

Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, “em cadelas com propensão ao desenvolvimento de neoplasias, de todos os tumores possíveis, a probabilidade da ocorrência do câncer de mama fica entre 45% e 50%”.

Além disso o conselho aponta que “a probabilidade da incidência do câncer de mama em gatas com propensão à neoplasia fica entre 20% e 30%”. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (referente a humanos), esse percentual gira em torno de 29% em mulheres com mais de 50 anos.

Portanto, essa é uma condição que exige atenção e, sobretudo, um diagnóstico precoce para que o tratamento seja iniciado o quanto antes. Vale lembrar que não são apenas fêmeas, como cadelas e gatas, que podem desenvolver câncer de mama; cães e gatos machos também podem ser afetados, embora seja menos comum.

Sintomas de câncer de mama em pets

O grande risco do tumor em cães é que, no início, ele não apresenta sintomas visíveis no animal afetado. Por esse motivo, em muitos casos, os tutores só detectam o câncer quando a doença já está em um estágio avançado.

Os sinais do câncer de mama em cães surgem à medida que esses “nódulos” endurecidos começam a crescer. Esse aumento anormal de volume pode gerar inflamação na área ao redor.

Além de caroços, se a região das mamas da fêmea estiver vermelha, inchada, dilatada, com secreção ou mau odor, é crucial ficar alerta. Esses são possíveis indícios de câncer de mama tanto em cadelas quanto em gatas.

Palpação da mama pode ajudar na identificação

A principal proposta da campanha do Outubro Rosa é incentivar o autoexame, no qual a mulher apalpa suas próprias mamas. Adaptando essa prática aos pets, os tutores podem fazer a palpação de maneira suave e frequente, tornando-a uma espécie de carinho para o animal.

A palpação nas mamas dos bichos deve ser feita em toda a área do tórax e abdômen, ao redor dos mamilos. O tecido mamário dos pets é granular, ou seja, apresenta pequenos “nódulos”, que devem ser macios. Se esses nódulos estiverem rígidos ou com a textura de grãos de areia, pode ser um sinal de câncer mamário.

Como proteger seu pet do câncer de mama?

A principal medida preventiva contra o câncer de mama em cães fêmeas é a castração precoce. No caso dos machos, não há a mesma urgência, mas de modo geral, quanto mais cedo for realizada a castração, maior a proteção contra essa e outras doenças.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo, a castração antes do primeiro cio reduz em 99,5% o risco de câncer de mama nas cadelas. Quando o procedimento é feito entre o primeiro e o segundo cio, a prevenção é de 92%.

Após o terceiro cio, a eficácia da prevenção cai de 92% para 74%. Isso indica que, quanto mais o tempo passa, maior o risco para a fêmea, justificando a urgência mencionada.

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