Mulher é salva por seu gato ao sofrer ataque cardíaco

Uma mulher britânica revelou que seu gato salvou sua vida ao acordá-la enquanto ela sofria um ataque cardíaco.

Redação | 19 de Agosto de 2022 às 15:30

Arquivo pessoal/Sam Felstead -

Quase todo mundo sabe que o gato é um animal de sensibilidade aguçada. Sempre atento ao ambiente em que vive, é como se a natureza tivesse criado o felino para que tudo fosse perceptível a ele. Mas será que os gatos são capazes de notar quando há algo de errado acontecendo com seus tutores?

Sam Felstead afirma que sim. A moradora de Nottinghamshire, na Inglaterra, acredita que teria morrido se seu gato não tivesse pulado nela e começado a miar enquanto dormia. Ela conta que, ao acordar, o lado direito de seu corpo estava paralisado. Foi então que sua mãe a levou imediatamente ao hospital. Em entrevista à BBC, duas especialistas em comportamento felino explicaram que Billy, o gatinho, pode ter reagido a mudanças fisiológicas ou comportamentais da tutora.

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O gato sabia que sua dona estava infartando

(Imagem: Arquivo pessoal/Sam Felstead)

A especialista Lucy Hoile presume que Billy pode ter ficado ansioso, reagindo ao suor excessivo da dona. E não só por estar suando mais do que o normal, como também por se mexer de modo diferente, emitir sons ou ficar inquieta durante o sono. Seguindo esta linha de pensamento, o gato pode ter sentido até uma sutil alteração em seu cheiro.

“Talvez o fato de ele pular em cima dela e miar seja um sinal de ansiedade. Acredito que ele provavelmente salvou a vida dela, porque foi isso que permitiu que conseguisse ajuda médica, mas eu não diria que fez isso ‘sabendo do ataque cardíaco’. Foi uma reação à situação.”

Já Linda Ryan, certificada em comportamento clínico felino, entende que Felstead poderia estar se comportando de uma maneira que fosse interessante ou angustiante para Billy.

“Pode ser que o gato tenha ficado assustado ou angustiado. Os movimentos ou espasmos estavam atraindo sua atenção, porque os gatos são estimulados pelo movimento”, ela pontua.

“É provável que isso tenha a ver com a mudança de comportamento, eu imagino”, continua a especialista. “Os gatos não têm os mesmos comportamentos sociais que as espécies como cães, cavalos ou coelhos, pois são mais solitários por natureza.”

Apesar de ser fácil enxergar o feito como um ato altruísta, Linda endossa a avaliação de Lucy. Segundo ela, correlação e causa nem sempre andam juntas. Portanto, é improvável que ele estivesse salvando deliberadamente a vida da dona.”

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Gatinho herói

Por outro lado, a tutora do bichinho ressalta que Billy normalmente não vai deitar com ela, mas que sabia que algo estava errado porque não a deixou em paz. Por isso acredita que seu pet a salvou.

“Ele foi muito esperto, Deus o abençoe. Quis ficar ao meu lado o tempo todo. Normalmente fica sentado somente ao lado da minha mãe, sem interesse em mim. Dá muito amor a ela.”

Billy não costuma dar muito atenção à dona. (Imagem: Arquivo pessoal/Sam Felstead)

“Os médicos disseram que foi importante ter chegado no hospital logo”, disse Felstead, que ficou internada entre 8 e 11 de agosto.

A britânica passou por uma angioplastia, procedimento cirúrgico pouco invasivo para combater a obstrução de artérias que conduzem o fluxo sanguíneo até o coração. A partir de agora, precisará tomar medicamentos para o coração.

“Quando saí do hospital, ele [o gato] não se aproximou de mim por horas. Não sei se eu estava com um cheiro estranho do hospital”, observou.

Embora se sinta muito grata a Billy, a mulher afirma que o gatinho é aparentemente indiferente a ela. “Eu não acho que tenha a menor ideia do que aconteceu”, afirma. “Contanto que eu o alimente, está tudo bem para ele.”

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