17 dicas para proteger o coração e evitar cardiopatias

Confira novos hábitos para ajudar o seu coração e prevenir doenças.

por Carol Ávila | 6 de Março de 2023 às 14:08

- Imagem: yalcinsonat1 / iStock

Doenças cardiovasculares vem se tornando cada vez mais comuns na sociedade atual. Tanto a alimentação quanto os hábitos diários podem influenciar na saúde do seu coração. Por isso, é importante se manter informado e realizar mudanças para que seus hábitos não colaborem com a incidência de problemas cardiovasculares. Assim, confira a seguir 17 dicas para proteger o seu coração e prevenir cardiopatias: 

1. Confira a largura do seu pescoço

A largura do pescoço pode fornecer mais pistas sobre o risco de doença cardíaca do que o tamanho da cintura. Pesquisas apontam que, quanto maior a circunferência, mais alto o risco de doença cardíaca. Um recente estudo brasileiro descobriu que a circunferência média do brasileiro é de 37,8 cm. Um pescoço largo pode ser sinal de depósitos de gordura visceral, em torno do fígado e do coração. 

2. Planeje 10 mil passos por dia

Especialistas recomendam caminhar em torno de 10 mil passos por dia para o bem-estar do coração de adultos saudáveis. Um incentivo é comprar um podômetro para você e outro para um amigo. Assim será possível ver quantos passos vocês podem dar juntos por dia. A maioria de nós não anda mais que 4 mil passos. Além da alimentação, o sedentarismo é um dos contribuintes para problemas cardíacos.  

3. Não assista (muito) à TV 

A cada duas horas sentado diante da telinha, o risco de doença cardíaca aumenta em 15%, dizem pesquisadores americanos. Levante-se, ou melhor, desligue a TV e mexa-se. Fazer uma atividade pode evitar que duas em cada mil pessoas desenvolvam problemas cardíacos.

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O risco de doença cardíaca e morte prematura decorrente de qualquer causa dobra em pessoas que passam mais de quatro horas em frente ao computador ou à tela da TV. Se você trabalha com um computador, levante-se e faça intervalos ativos a cada 30 minutos.

4. Faça as contas

Sua altura em metros dividida pelo seu peso em quilos ao quadrado fornece seu IMC (índice de massa corporal), que pesquisadores da Universidade de Glasgow identificaram como o mais claro indicador da saúde atual e futura de seu coração. Você vai encontrar uma tabela de IMC de fácil consulta na página 80. Para adultos, um IMC entre 18,5 e 24,9 é normal; 25–29,9 indica sobrepeso; e acima de 30 é sinal de obesidade (a menos que você seja extremamente musculoso). 

5. Não durma demais

Dormir demais faz mal ao coração, segundo um estudo americano de 2010 da Faculdade de Medicina da Universidade de West Virginia. A pesquisa, realizada em mais de 30 mil adultos, mostrou que aqueles que dormiam regularmente mais de nove horas por noite se mostraram uma vez e meia mais propensos a desenvolver doença cardíaca. O melhor resultado foi dormir sete horas por noite, enquanto dormir menos de cinco horas foi o pior; adultos privados de sono mostraram-se duas vezes mais propensos a sofrer problemas cardíacos. 

6. Masque chiclete

Para o bem do seu coração, deixe de fumar agora e peça ao seu médico a ajuda de que você precisa – como adesivos ou chicletes de nicotina – para livrar-se do hábito. Apenas oito horas após largar o cigarro, os níveis de oxigênio aumentam e a circulação melhora, e, dentro de um ano, o risco de doença cardíaca diminui em até 50%. E apenas cinco anos depois de parar de fumar seu risco de morrer prematuramente de doença cardíaca é quase igual ao de alguém que nunca fumou.

7. Evite o ar poluído

Gases tóxicos do trânsito urbano, fumaça e poeira elevam os riscos de infarto, mas podem ser difíceis de evitar se você trabalha ou mora numa cidade grande. Estar ciente disso é o primeiro passo. Tente, se possível, circular fora dos horários de rush. Circule por uma praça arborizada na hora do almoço e, sempre que possível, pelo campo. Além disso, experimente os benefícios de purificação do ar de algumas plantas de interiores. O tipo certo de planta em sua casa ou escritório, como o lírio-da-paz, vai ajudar a retirar os poluentes e pode fazer bem ao seu coração.

8. Tempo "feio" para quem?

Os otimistas apresentam risco mais baixo de infarto e morte por doença cardiovascular. Umj estudo publicado no JAMA Network Open acompanhou 122 homens que haviam sofrido um infarto. Oito anos após o episódio, 21 dos pessimistas haviam morrido, comparados a apenas seis dos otimistas. Ver o lado bom das coisas pode trazer saúde, além de felicidade.

9. Atire uma pedra

Visitantes da ilha de Iona, na Escócia, seguem uma poderosa tradição: eles atiram uma pedra da praia no mar para se livrar do que há de ruim em sua vida e pegam uma nova para representar o futuro. É uma estratégia que funciona para preocupações também. Ficar ruminando os problemas pode elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que está associado a inflamação, e doenças cardíacas. Externá-los, atirá-los longe ou anotá-los e depois enfrentá-los é uma resposta muito mais positiva. Porém, consulte seu médico se você tem dificuldade para lidar com o estresse ou se sofre de depressão ou ansiedade contínua. A depressão pode deixá-lo duas vezes mais vulnerável a sofrer um infarto.

10. Desligue o computador

Se desconcetar do computador irá lhe ajudar a fazer de sua casa um lugar especial, onde você possa relaxar e se distanciar dos estresses da vida, que são, consequentemente, prejudiciais ao coração. 

Eis aqui algumas dicas para criar um refúgio tranquilo das preocupações diárias: 

11. Treine o cérebro

Controlar os pensamentos pode ajudar a limitar um problema cardíaco, segundo um estudo citado pela Fundação Britânica do Coração. Quando cientistas estudaram a saúde de pessoas recém-diagnosticadas com doença cardíaca, eles descobriram que aquelas que participaram de um curso de terapia cognitivo-comportamental (TCC) – que pode ajudar a pensar de modo mais construtivo – reduziram em 41% o risco de infarto. Não se sabe como a TCC pode reduzir o risco, mas os pesquisadores acham que ela ensina a reconhecer as áreas negativas da vida e a lidar com elas, diminuindo o estresse. Converse com seu médico sobre a disponibilidade da TCC.

12. O riso faz maravilhas

Pesquisadores sugerem que uma boa risada beneficia o coração, pois o tecido que compõe o revestimento interno dos vasos sanguíneos se expande quando gargalhamos, o que ajuda a aumentar o fluxosanguíneo em cerca de 25%. Isso equivale ao efeito de um passeio no parque. É tão bom que os especialistas recomendam 15 minutos de riso por dia. Portanto, assista a uma comédia ou a uma peça teatral engraçada; ou ainda confira algumas de nossas piadas. Qualquer coisa que o faça rir vai alegrar seu coração também.

13. Procure ajuda, se necessário

O coração sofre quando você está deprimido. Cientistas sugerem que quem sofre de um transtorno de humor como a depressão é duas vezes mais propenso a ter um infarto. Ademais, um estudo com idosos durante cinco anos mostrou que os que se sentem mais felizes são menos propensos a fumar e mais propensos a se exercitar – fatores que, combinados à alimentação saudável, são benéficos à saúde do coração. Portanto, não viva na tristeza, busque ajuda. 

14. Evite notícias "negativa!

Sabemos que é importante se manter bem informado. Porém, as excessivas manchetes sobre desastres ou acontecimentos trágicos nos noticiários podem criar preocupações e sentimento de impotência. Dê uma folga ao coração dando um tempo das notícias por alguns dias. Você vai se surpreender com a melhora.

15. Não largue a escova

A boca pode parecer distante do coração, mas, se você negligenciar os dentes, pode colocar o coração e a vida em perigo. A má higiene bucal causa gengivite, que produz uma inflamação moderada, a qual, por sua vez, é um fator de risco de doença cardíaca. Estudos mostram que pessoas com a gengiva infectada são quase duas vezes mais propensas a ter um infarto.

Para diminuir a tão prejudicial inflamação: 

16. Escute o seu coração

Seu batimento cardíaco está frequentemente acelerado e irregular? Isso pode ser um sintoma de fibrilação atrial (FA), perturbação comum do ritmo cardíaco e risco de acidente vascular cerebral (AVC). Numa pesquisa da Associação Britânica de Acidente Vascular Cerebral, realizada com mais de mil pessoas e mil médicos, impressionantes 66% não tinham consciência dos sinais. De acordo com a Associação, o tratamento precoce da FA pode evitar que cerca de 4.500 pessoas sofram um AVC a cada ano. Verifique a frequência e o ritmo cardíacos sentindo sua pulsação no pescoço ou no punho. Consulte o médico se seu batimento cardíaco estiver irregular ou acelerado (mais de 140 batimentos por minuto em repouso), ou se você apresentar palpitações, falta de ar, tonteiras ou desmaios.

17. Vacine-se contra a gripe

Para reduzir em quase um quinto a chance de sofrer um infarto, se vacine anualmente contra a gripe. Ataques cardíacos são mais comuns no inverno, e estudos mostram que há ligação entre ter uma infecção como a gripe uma ou duas semanas antes. O risco é ainda mais alto para quem já tem um problema de coração. Pessoas nessa categoria são até quatro vezes mais propensas a sofrer um infarto em seguida a uma infecção.

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