Maioria dos internados na nova onda de Covid-19 são idosos ou pessoas com vacina atrasada

Baixa adesão ao reforço vacinal e circulação de novas subvariantes da Ômicron estão entre os principais motivos de nova onda de Covid-19.

Redação | 16 de Novembro de 2022 às 17:25

-

Com o surgimento de novas subvariantes da Ômicron, os casos de internações decorrentes da Covid-19 voltaram a crescer no Brasil. O aumento no número de casos já vinha sendo observado em alguns países da Europa e especialistas em saúde já falam em uma “nova onda de Covid-19”.

Apesar da população brasileira já ter acesso às vacinas contra a Covid-19, as duas novas cepas do vírus Sars-Cov-2, a BG.1 e a XBB, são potencialmente mais resistentes às vacinas existentes e têm crescido em circulação. Aliado a isso, a resistência de parte da população à vacina e a baixa adesão ao reforço têm contribuindo para proliferação do número de casos.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cerca de 69 milhões de brasileiros não tomaram nem a primeira dose de reforço do imunizante. No último sábado (12), o ministro usou as redes sociais para alertar a população sobre a importância do reforço da vacina como forma de diminuir a nova onda de Covid-19.

Além da vacinação, especialistas apontam também a importância de se ficar atento aos sintomas para fazer os testes e realizar o tratamento adequado. Como a Covid-19 pode ser confundida com gripe e resfriado, é importante realizar um teste para se certificar se há infecção por coronavírus ou por influenza.

Quem são as pessoas que estão internadas?

Carla Kobayashi, infectologista do Sírio-Libanês, esclarece que o perfil das pessoas internadas inclui, principalmente, idosos com comorbidades ou doenças graves e pessoas com esquema vacinal incompleto – com apenas duas doses principalmente – ou que não foram vacinadas .

De acordo com a professora Ludhmila Hajjar, intensivista do Hospital Vila Nova Star, unidade particular na zona sul de São Paulo em entrevista à Época Negócios, as novas subvariantes são mais transmissíveis e infectam mais o organismo.

Segundo médicos de São Paulo ouvidos pelo Estadão, a maioria dos hospitalizados são:

Como se prevenir da nova subvariante?

A fim de prevenir as pessoas das novas variantes da Ômicron, alguns países, como Estados Unidos e alguns países europeus, começaram a aplicar uma versão mais atual da vacina contra a Covid-19. A nova vacina se chama bivalente e é fabricada pela Pfizer. Ela protege contra várias cepas de uma vez só e aparenta ser mais eficaz contra as novas cepas: versões BA.1, BA.4 e BA.5 da Ômicron.

Entretanto, essa vacina ainda não chgeou em terras brasileiras e não há previsão para a chegada do novo imunizante ao país. A Pfizer requisitou o uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. Há uma semana, a Anvisa informou que o pedido está em fase final de análise pela área técnica, mas que ainda não há data para a deliberação final.