Vacina contra câncer no pâncreas tem resultado promissor, segundo estudo

De acordo com um artigo publicado na revista científica 'Nature', uma das mais conceituadas da área de estudos científicos, os resultados de um ensaio clínico que busca desenvolver uma vacina contra o câncer de pâncreas foram promissores. O artigo foi publicado no início do mês de maio.

Para compôr o artigo, uma pesquisa foi realizada pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center, de Nova York. A pesquisa propôs um teste em que 16 pacientes, após passar por cirurgias de remoção de tumor, paralelamente a quimioterapia, recebiam uma aplicação da vacina desenvolvida.

De acordo com a empresa alemã BioNTech - referência no combate à Covid-19 e a norte-americana Genentech, o novo tratamento tem como objetivo aumentar as defesas naturais do organismo contra os tumores. Portanto, a vacina se trata de um tipo de imunoterapia de anticorpos que busca evitar que o câncer volte, cresça ou se espalhe.

Como funciona a vacina contra o câncer no pâncreas?

Como citamos anteriormente, o tratamento visa aumentar a resposta imune do organismo contra as células causadoras do câncer. Esse processo é feito através de proteínas laboratoriais, que treinam o sistema imune do paciente para identificar e destruir essas células cancerígenas. 

Nos ensaios, metade dos 16 participantes desenvolveu células T - responsáveis por funções imunológicas e respostas antivirais, que podem, potencialmente, reconhecer e afastar células cancerígenas - após receberem a aplicação.

Em entrevista à CNN Rádio, o chefe de Oncologia do INCA Alexandre de Mendonça Palladino "resumiu" a estratégia. Ele explica que "a vacina oferece proteínas para fazer com que o sistema imunológico identifique a doença como estranha e atue em cima das células do câncer."

Diagnóstico do câncer de pâncreas

De acordo com Alexandre, é uma característica do câncer de pâncreas do diagnóstico tardio, quando o quadro já está em fases avançadas e os sintomas se tornam perceptíveis. 

Além disso, ele também alertou sobre a "alta taxa" de recorrência e sobre a escassez de um exame eficaz para rastreamento da doença. 

E aí, curtiu essa matéria? Então conheça e siga a gente em nossos perfis no Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest para conferir muito mais!